
Na manhã desta quinta-feira (22/09), os agricultores de Barra de Guabiraba, município do Agreste Pernambucano, interditaram a PE-85 em protesto devido a recente aprovação da lei que proíbe o uso da cama de galinha como adubo orgânico.
Os agricultores cobram que haja uma flexibilização na lei, tendo em vista que o uso correto da cama de galinha não prejudica a criação dos bovinos, agora, a proibição total dela, prejudica centenas de trabalhadores, que tiram seus sustentos da agricultura.
A Lei Nº 17890 DE 13/07/2022 proíbe o uso da cama de aviário como adubo em sete municípios entre os meses de julho e outubro com o objetivo de conter a proliferação da mosca-do-estábulo.
A medida trouxe impacto aos municípios de Amaraji e Cortês, na Mata Sul, e Barra de Guabiraba, Bonito, Camocim de São Félix, Gravatá e Sairé, no Agreste Central. Na lei prevê a punições de advertências a multas de até R$ 50 mil, a depender do porte do empreendimento. O valor pode chegar a R$ 100 mil, em caso de reincidência.
Em Agosto desde ano, o prefeito de Barra de Guabiraba, Diogo Carlos, reuniu uma comitiva de prefeitos para uma audiência com o governador Paulo Câmara e o presidente da Alepe, Heriberto Medeiros, onde foi proposto que seria acrescentando na lei já vigente regras de exceção, onde permitiria o uso da cama de galinha como adubo orgânico, porém seguindo algumas regras de acordo com a portaria da Adagro, como a forma correta de transporte, armazenamento e utilização do produto. O que até agora não foi feito pela Câmara dos Deputados.
Os agricultores já preveem mais prejuízos e atrasos para iniciar a plantação para a safra 2023, Barra de Guabiraba abastece diversas cidades e Estados com milhares de quilos do cara são-tomé, entre outros produtos, o que vai acarretar prejuízos e alteração nos valores caso a lei não seja alterada de forma imediata.