Durante sessão da Câmara de Vereadores na cidade de Belo Jardim, agreste pernambucano, realizada na última terça-feira (03), vereadores da base governista votaram contra o projeto de Lei 017/2023, de autoria do vereador Delegado Rômulo, que autorizava o município a implementar o programa de combate e acompanhamento às crianças e adolescentes vítimas do alcoolismo e das drogas. Além do tratamento e acompanhamento para as famílias que tivessem o problema inserido dentro de casa, o projeto colocaria em pauta a importância do planejamento de políticas públicas de prevenção sobre drogas.
Sem argumentos ou justificativas plausíveis e que fossem coerentes para a negativa, os vereadores Nilton Senhorinho, Pitomba da Lotação, Marcelino Monteiro, Deto de Xucuru, Claudemir, Euninho e Zé Lopes votaram contra o projeto de lei, que foi derrotado por 7×6. Para o vereador Delegado Rômulo, o fato foi surpreendente, pois se trata de saúde pública e cidadania.
“Infelizmente, para minha surpresa, os vereadores da base votaram contra o projeto, votaram contra as crianças e adolescentes vulneráveis. Lamento muito por isso, pois quem sai perdendo são as famílias que vivem sofrendo com esse problema diariamente. Prevenir drogas é combater a violência”, disse o parlamentar.
Estatísticas
Cerca de 63,3% dos estudantes de escolas públicas e particulares entre 13 e 17 anos já experimentaram bebida alcoólica e mais de um terço deles (34,6%) provou pelo menos uma dose antes de completar 14 anos. As meninas são mais expostas a essa iniciação precoce: 36,8%, contra 32,3% entre os meninos. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019, divulgada hoje (10) pelo IBGE.
Cerca de 13% dos escolares haviam experimentado algum tipo de droga ilícita, como maconha, cocaína, crack e ecstasy. Entre os estudantes da escola pública (13,3%), a exposição era maior do que entre os da rede privada (11,4%).
(Fonte: Agência de Notícias IBGE)
