A juíza Abby Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios, decidiu ontem (13) que o ex-deputado federal Roberto Jefferson irá a júri popular sob acusação de tentativa de homicídio contra quatro policiais federais. Ele vai ser julgado por ter assumido o risco de matar os agentes que foram ao seu sítio, em Comendador Levy Gasparian, cidade a 142 km do Rio de Janeiro, atender a uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Superior Tribunal Federal (STF), em outubro de 2022.
A magistrada rejeitou o pedido da defesa do ex-deputado de desclassificação do crime para lesão corporal culposa, o que tiraria o caso da análise de jurados.
O júri também analisará a acusação por resistência, posse irregular de arma de fogo de uso restrito e de artefato explosivo sem autorização. As informações são do Estado de Minas.
No dia 23 de outubro, Jefferson disparou 60 vezes com sua carabina contra os agentes. Ele também lançou três granadas de luz e som, sendo uma adulterada com pregos.
No último mês de maio, durante interrogatório na Justiça Federal, Jefferson disse que os 60 disparos de carabina que realizou miraram apenas a viatura da Polícia Federal, que supunha ser blindada. As granadas, afirmou ele, foram lançadas longe dos agentes.
Procurada, a defesa de Jefferson não se manifestou até a publicação desta reportagem.
