A vereadora do Recife e pré-candidata a deputada federal, Liana Cirne (PT), afirmou em entrevista ao programa Cidade em Foco, da Rede Pernambuco de Rádios, que somente o sobrenome e a força eleitoral da deputada Marília Arraes (Solidariedade) não são suficientes para ela querer se “impor” dentro do Partido dos Trabalhadores (PT). A petista disse ainda que sua ex-colega de sigla buscou um projeto partidário que tivesse mais afinidade com os seus anseios.
“Marília Arraes fez um movimento legítimo. Ela buscou um projeto partidário que tivesse mais afinidade com os anseios dela. O PT não era esse partido. O PT é um partido de democracia interna muito radical e nenhum grupo no PT (…) tem maioria sozinha para indicar, por exemplo, um candidato ao Senado ou ao Governo. É preciso que sejam feitas e que sejam construídos acordos internos. Isso se dá por meio da nossa democracia interna”, afirmou.
Liana continuou: “então, você ter um sobrenome forte e força eleitoral isso não é suficiente dentro da tradição do nosso partido. Não é só em Pernambuco, mas em nenhum estado do Brasil”.
Mesmo se mostrando contrária a decisão de Marília, a vereadora do Recife reconheceu que a tradição da família Arraes no Estado. “Não deixando de reconhecer a força do sobrenome dela, mas o PT também tem uma tradição e foi construído assim. Faz parte da nossa metodologia, então, não adianta você dizer: ‘o meu sobrenome é esse’. Você tem que construir, sentar na mesa, conversar… Ela não teve êxito em construir esses acordos internos e ameaçou a desfiliação”, revelou Liana.
A petista continuou: “Houve então uma diretriz da Executiva Nacional, de Lula, para que os outros postulantes abrissem mão. Que foi o que aconteceu. muito generosamente Teresa Leitão e Carlos Veras retiraram a postulação deles para que fosse atendido o pedido, formalmente apresentado pela deputada Marília, de concorrer ao Senado”, finalizou.
