A indústria da moda é algo que todo mundo consome e inclui uma grande diversidade de atividades econômicas, desde a criação de modelos de roupa até a produção de vestuário em série. Aliada com a sustentabilidade, a moda pode ser um meio que não cause tanto impacto ao meio ambiente, a partir da utilização de métodos que não produzam ou, pelo menos, minimizem o impacto ambiental. Em mais uma live do Projeto “Live Seis e Meia”, Rosa Santana, candidata a vereadora do Município de Camaragibe, convidou Manu Moreira, cofundadora da Roda, plataforma de transformação de roupas através da sustentabilidade, para debater sobre o assunto.
Para Manu Moreira, a Roda é um projeto que defende uma economia em que não haja a produção de lixo e seja sustentável. “A nossa atuação na Roda, tanto é para pessoa física, você que quer transformar o seu guarda-roupa, tanto para pessoa jurídica, em estoques de lojas parados. Hoje são 52 coleções por ano que a indústria da moda lança, então, temos também esse propósito de trabalhar com o estoque dos lojistas e transformar essas peças, que também dão um valor para a sua marca. Também temos trabalho com lojas de aluguel de roupa de festa, com aqueles modelos que não saem mais, ou aquela peça que tem algum dano.
A gente agora também tem sido convidada para trabalhar muito com resíduos da indústria automobilística, a indústria têxtil. A gente pensa numa economia que não haja lixo, que o produto seja sustentável. A Roda também tem o propósito de olhar as costureiras, de desenvolver essa profissão e de que as pessoas entendam que para fazer um ajuste de uma roupa, é necessário o trabalho delas”, explicou Manu Moreira.
Para Rosa Santana, a população de Camaragibe precisa se capacitar para inovar e criar novas coisas na indústria. “Estamos dentro de um território que é uma APA e dentro de um Município que teve uma fábrica têxtil, que era a fábrica da Braspérola, a gente tem uma história com tecido e com a poluição também. A gente tem de um lado um território que está tentando ter essa salvaguarda, e de outro, uma cidade que praticamente perdeu a relação com essa economia têxtil que ela tinha. A gente tem uma Vila da Fábrica, hoje, que é a vila fabril mais antiga da América Latina, mas cadê as costureiras que trabalhavam nessa vila. As pessoas pensam muito na fábrica e é um projeto que eu tenho, é uma luta minha, independente de questão política, é uma luta de política pública, eu acho que teríamos que recuperar essa fábrica para fazermos uma Escola Técnica de Economia Criativa e Inovação Tecnológica, para que a gente pudesse trazer inovações para dentro dela e formasse nosso povo de Camaragibe, que trabalha com serviço e comércio”, finalizou Rosa Santana.
